A derrota de Trump
A derrota de Trump
Por Manoel Fonseca*
Em segundo lugar haverá uma distensão na relação do Estado e cidadania. Trump estimulou a violência nesta relação com cidadãos e cidadãs em qualquer situação de conflito, o que gerou, especificamente em relação à violência policial contra os negros, um dos maiores movimentos de protesto, o "vida negra importa".
Em terceiro lugar, Trump desconheceu a ciência durante a pandemia de Covid 19, sendo responsável por milhares de mortes, que poderiam ser evitadas. A ciência será reconhecida no cuidado com a saúde da população e o direito à vida voltará a ser também uma responsabilidade do Estado.
Em quarto lugar, as relações internacionais serão distendidas, havendo maiores chances de negociação e concertação em busca da solução pacífica de conflitos.
Em quinto lugar, haverá provavelmente um reconhecimento da necessidade de proteção do meio ambiente e de acordos para a redução do aquecimento global, da sobrevivência das gerações futuras.
Em sexto lugar, haverá um arrefecimento na onda ideológica da extrema direita, que desconhece os direitos humanos, os direitos sociais e a soberania dos povos.
Em sétimo lugar, a presença de uma mulher, negra, filha de migrantes, culta, inteligente e com grande capacidade de liderança, como vice de Joe Biden, o Presidente eleito, sinaliza uma fratura no histórico do supremacismo branco, patriarcalismo e machismo dominante, apontando para a possibilidade real de Kamala Harris ser a próxima presidente dos EEUU.
Embora Biden seja um representante do hegemonismo americano, sem dúvida ele tem um histórico de busca de negociação e não de truculência nas relações de conflitos internos e externos, o que favorece a convivência pacifica, o respeito à dignidade da pessoa humana, a soberania dos povos e sobrevivência do planeta Terra.
Manoel Fonseca
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