Iemanjá

 

Iemanjá 

                                                 Manoel Fonseca 

Divindade de água doce ioruba,
Mãe dos filhos peixes do Rio Ogun,
Na região do Ifé, Senhora dos egbás,
Filha do deus dos mares Olokun.

Das jovens, protege a fertilidade,
Do campo, o plantio e a colheita,
Das mães, resguarda a maternidade,
E em seus seios a vida se deleita.

Na mitologia afro-brasileira,
Deusa dos mares e dos navegantes,
Dos pescadores mira seu semblante,
Seu abraço é a imensidão praieira.

Estrela da manhã, mãe protetora,
Acolhe oferenda de fruto e flor,
Cobre-se com manto de bela Senhora,
Dança, nas ondas, ciranda de amor.

Iemanjá, do livro Escravidão e Lutas de Libertação, de Manoel Dias da Fonseca, compõe uma narrativa de resistência e um tributo ao povo afro-brasileiro, a ser publicado em 2021.

Manoel  Fonseca

Associação Brasileira de Médicas e Médicos pela Democracia
Academia Quixadaense de Letras - AQL
Sociedade Brasileira de Médicos Escritores - SOBRAMES-CE
Academia Cearense de Médicos Escritores - ACEMES
Movimiento Poetas del Mundo



Curiosidade: O Dia de Iemanjá é comemorado dia 02 de fevereiro, pois em Salvador Iemanjá é ligada à Nossa Senhora das Candeias, assim a festa mais antiga em homenagem a Iemanjá no Brasil ocorre justamente nessa data.  "O culto de Iemanjá foi trazido para o Brasil pelos povos da origem iorubá, em fins do século XVIII até quase metade do século XIX. Na África, Iemanjá é divindade das águas doces, cultuada à beira do Rio Ogum. No Brasil, o culto transferiu-se para o mar, visto que rios e cachoeiras foram encontrados a Oxum" Paulo Ernani Rezende de Rezende (Do Pinheiro torto ao vasto mundo)

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