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Mostrando postagens de junho 11, 2017

Maria de Nazaré

Em Nazaré, na antiga Galileia, De Ana e Joaquim nasceu Maria, Jamais imaginou a Odisseia Em que sua vida se transformaria. Durante a gravidez amou seu filho. Da manjedoura, em parto solitário, Fugiu às pressas em busca do exilio, Imaginando escapar do seu calvário. Surpresa, conflito e sofrimento, Amargou, do seu filho, a prisão, Suportou, de sua morte, o tormento. Ao receber seu corpo tamanha é a dor, Acolhe, com ternura e emoção, O seu menino Jesus, o Salvador.                      Manoel Fonseca (Livro Benditas e Guerreiras)

Por uma sociedade justa e solidária

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Concordo que Lula é a maior liderança da esquerda, no momento, mas pondero que o apoio a ele não pode ser incondicional. Na verdade, se houvesse outra liderança que reunisse as condições de, numa frente ampla da centro-esquerda, derrotar a direita, talvez fosse melhor para o momento político que vivemos, conflituoso, com polarização exacerbada contra e a favor do Partido dos Trabalhadores e em relação ao próprio Lula. Lula é a maior liderança viva da esquerda, com uma história de vida extraordinária e uma capacidade de comunicação com o povo inigualável no momento. Traz, em sua bagagem, a experiência de um sindicalista ousado e comprometido com os trabalhadores. E afeito à negociação sindical. Sua visão do ganha-ganha, ou seja, de todos ganharem em seu governo, patrões, trabalhadores e banqueiros (e estes muito, muito mais que os outros), reflete uma certa conciliação de classe, que permite ganhos básicos e, sem dúvida, importantes para os trabalhadores e despossuídos, mas não ava

Precisamos ocupar as ruas

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Precisamos ocupar as ruas, diz criador do Médicos pela Democracia O cearense Manoel Fonsêca foi figura decisiva para criar a entidade que une médicos progressistas e contrários ao golpe contra a presidenta Dilma. 07/09/2016 Em 2013, o médico sanitarista Manoel Fonsêca ficou estarrecido com a forma que os médicos cubanos do Mais Médicos foram tratados por parte de seus colegas de jaleco brasileiros na Escola de Saúde Pública do Ceará, em Fortaleza. Na época, os estrangeiros, recém-chegados ao País, sofreram agressões verbais e até ofensas racistas. Naquele momento, Fonsêca e parceiros tiveram a ideia de criar um grupo de médicos que pudesse fazer oposição à visão elitista de boa parte da classe médica. Surgia, então, o Médicos pela Democracia. O grupo começou pequeno, com menos de 15 profissionais, mas logo a proposta ganhou corpo. Hoje, são 180 médicos democráticos espalhados pelo Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Pernambuco e outros estados.

O gol contra da Fifa

Juliano Pinto, 29 anos, com paralisia nas duas pernas após acidente de carro, ficou de pé, deu alguns passos e chutou a brazuca, bola da Copa, no dia 12 de junho, antes do jogo Brasil e Croácia. A Fifa vetou sua ida até o meio do campo para, simbolicamente, abrir a Copa com o pontapé inicial, marcando um gol de placa em ciência. Deu-lhe apenas três segundos de exposição, num canto do gramado, sem nenhuma explicação ou comentário de destaque dos locutores oficiais.   A Fifa, com esta atitude obscurantista e depreciativa, fez um gol contra o Brasil e 170 cientistas de centros de pesquisa de vários países, sob a liderança do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. Para Juliano, como diz a jornalista Cida de Oliveira, aqueles segundos foram mágicos, pois poderia voltar a andar com comandos do seu próprio cérebro, ao vestir uma pele robótica humanoide, o exoesqueleto, fruto de 17 anos de pesquisa. Nicolelis, líder do projeto Andar de Novo, coordena o Instituto Internacional de Neur

Bem-vindos, colegas cubanos

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Por Manoel Fonsêca - 03/09/2013 Estive em Cuba em 1986, junto com uma centena de brasileiros, para participarmos do I Seminário Internacional em Atención Primaria de La Salud, promovido pela Organização Panamericana de Saúde (OPS), Organização Mundial da Saúde(OMS) e Ministério de Saúde Pública de Cuba. Há quase 30 anos o Programa de Saúde da Família de Cuba era o destaque deste Seminário Internacional, exemplo de estratégia de incorporação de baixa densidade tecnológica, centrada na pessoa humana, na família e no vinculo permanente de uma equipe com a população de um território, com resultados significativos na melhoria de indicadores de saúde. Qual era o segredo desta estratégia? Os médicos cubanos aprendiam o que os nossos mestres Dr. Paulo Marcelo, Dr. Elias Salomão, Dr. Oto, Dr. Pessoa, Dr Haroldo Juaçaba nos ensinavam:ouvir o paciente e sua história familiar, examiná-lo, palpá-lo, auscultá-lo, observando sinais e sintomas, fazer, enfim, uma anamnese e exame cl

Trótula de Ruggiero

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Trótula de Ruggiero Na Escola de Salerno, a medicina Tornou-se referência européia. Nela a sabedoria feminina Teve o destaque em solidária teia. O poderoso clero e o androcentrismo Tentaram intimidar Trótula, a Reitora. Mas as mulheres médicas e a sua mentora Venceram, com a ciência, o obscurantismo. Se usavam ópio ao amenizar a dor Do parto, contrariavam as escrituras, Pois sofrer é da própria criatura. As Damas de Salerno, sem temor, Romperam, do sofrimento as barreiras. Da saúde da mulher, pioneiras. Manoel Fonsêca Livro Benditas & Guerreiras

“Este caminho tem coração?” C. Castanëda

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Este debate é muito importante entre nós, Médicos pela Democracia. De princípio eu concordo com as questões e preocupações levantadas no grupo. Dá para fazer política e ganhar eleição sem caixa 2, que na sua essência é um processo corruptivo. No mínimo o caixa 2 significa sonegação fiscal, de quem doa e de quem recebe, e pode envolver troca de favores intermediada por dinheiro público, superfaturamento de obras públicas, que retira dinheiro dos programas sociais. Isto era uma prática de longas datas, feita por políticos da direita. Mas é licito a esquerda ter a mesma prática? Não concordo. A primeira eleição de Lula, todos lembram, teve uma mobilização intensa da militância, que fez finanças de massa, porque éramos movidos por um sonho de uma sociedade justa, um pais soberano, um desenvolvimento que vencesse a miséria, a pobreza e a fome do povo, com educação e saúde de qualidade. Mas depois de chegar ao poder, de governar, o que foi feito? Será que foi trilhado o caminho que tem

Biografia

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Manoel Dias da Fonsêca Neto Médico formado pela Universidade Federal do Ceará – Brasil – UFC, Especialização em Saúde Pública pela UFC/Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Especialização em Epidemiologia Universidade Estadual do Ceará – UECE/FIOCRUZ) e Mestre em Gerenciamento de Sistemas Locais de Saúde pelo Istituto Superiore di Sanitá – Roma/Itália. Nasceu em Quixadá-Ceará, estudou no Colégio dos Franciscanos em Canindé e no Seminário da Prainha em Fortaleza. Na Faculdade de Medicina integrou-se às lutas estudantis contra a Ditadura, militou na Ação Popular junto com sua esposa, Iracema Serra Azul, sendo ex-presos políticos e anistiados. Participou do movimento de redemocratização do País. Foi Secretário de Saúde de Fortaleza e de Beberibe. Teve participação ativa no Movimento da Reforma Sanitária e implantação do Sistema Único de  Saúde-SUS-CE, membro fundador da Escola de Saúde Pública e da coordenação de implantação do Programa de Saúde da Família. Membro da Socie

Movimento de Renovação Médica 2015

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Publicado em 9 de dez de 2014 Manoel Fonseca, médico e escritor, apoia o Movimento de Renovação Médica.

A esperança está viva!

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“Três nomes estão à disposição, se a coligação midiática- judiciária conseguir impedir Lula de ser candidato em 2018, que seria imbatível: Ciro Gomes, Gleisi Hoffman e Lindberg Farias”. Por *Manoel Fonseca 15 de maio de 2017   Três variantes de esperança: a reação popular está se aprofundando e se alargando com um componente novo e estratégico, a participação das Igrejas, a católica e as evangélicas tradicionais (que em 1964 estavam do lado da Ditadura - "tradição, família e propriedade"), que são um forte fator ideológico e de mobilização; a batalha da comunicação virtual, que está rompendo com a hegemonia da Globo (graças à popularização e democratização do celular) tanto internamente, como internacionalmente (e a denúncia na ONU de lawfere foi fundamental) e o terceiro componente são as contradições, corrupções e disputas de poder dentro da própria Direita, o que favorece uma candidatura nova de centro-esquerda, apoiada fortemente por Lula, a maior liderança viva do Brasil