Racismo e biopoder

 


Racismo e biopoder

Racismo, tecnologia de poder,
Define bem a linha divisória,
Os que merecem viver ou morrer,
Quem superior, quem será escória.

Escolhe os bons e os maus, jogo marcado,
Os expostos ao risco em sua jornada,
Os largados e os de vida prolongada,
Os que precisam ser eliminados.

Vida submetida ao poder da morte,
Dos odiosos “autos de resistência”,
O negro tem a severina sorte
De valer pouco a sua existência.

A morte do povo negro é normal,
Consagrada em perverso etnocídio,
O biopoder do Estado é letal
Na geração do negro genocídio.

Enfrentar o biopoder do racismo,
Tarefa urgente e sempre necessária,
Resgatar o poder do Quilombismo,
A sociedade negra solidária.


Manoel Fonseca

Do Livro Escravidão e Lutas de Libertação


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