Dragão do Mar
Dragão do Mar Manoel Fonseca “No Ceará não se embarcam mais escravos”, O grito ecoou na multidão, Na praia, o comando de dois bravos Chico da Matilde e Napoleão. Napoleão, preto forro e valente, Liderava, no Porto, os jangadeiros. Chico, Prático de Navios e insurgente, Comandou, das jangadas, o paradeiro. A atracação de navios negreiros, Sustada com firmeza e decisão Por Chico Nascimento, herói praieiro, Ergueu o brado de libertação. Do Ceará a notícia alvissareira Ecoou forte por toda a Nação. A Terra da Luz, por sua vez, primeira Deu um basta na cruel escravidão. A liberdade abriu suas asas em par, Alçou voo do solo em Redenção, O gesto de Chico, o Dragão do Mar, Partiu os grilhões da humana servidão. Manoel Fonseca Poesia Dragão do Mar! Do livro Escravidão e Lutas de Libertação , de Manoel Fonseca, compõe uma narrativa de resistência e um tributo ao povo afro-brasileiro, a ser publicado em 2021. Poesia em homenagem a um dos g
Escravidão e Lutas de Libertação compõe uma narrativa, em versos, do período de escravidão do Brasil, das lutas de libertação do povo afrobrasileiro e do racismo estrutural. Inicia descrevendo a diáspora forçada do povo africano e aspectos das relações brutais e violentas dos senhores de escravos para com os negros e negras escravizadas, durante os ciclos econômicos de produção e exportação de açúcar, algodão, minério e café. Narra, em seguida, a resistência e luta dos escravos e escravas e a formação de Quilombos. Descreve, então, aspectos do movimento abolicionista, do racismo estrutural, da luta contra o preconceito racial e, por fim, a explicitação clara do biopoder do Estado, que massacra a população negra, e o movimento negro de resistência e afirmação cultural por igualdade e dignidade. Escravidão e Lutas de Libertação ousa ser um libelo antiescravagista e antirracista e um chamamento para a construção de uma sociedade de igualdade, liberdade e fraternidade.
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